terça-feira, 26 de outubro de 2010

Infinitos GB de memória.

Jersi era uma menina diferente das outras. Ela gostava de musicas antigas, tinha amizade com pessoas mais velhas e nunca gostou de popularidade. Uma das suas principais características era seu gosto “incomum” por pessoas. Não, ela não era lésbica. Apenas gostava de pessoas “estranhas”, em outras palavras, desprovidas de muita beleza.
Criticavam muito a pobre garota por isso, mas Ela não se importava, pois não tinha nascido para agradar o gosto de ninguém, somente o dela. Em um desses seus romances “incomuns”, ela conheceu um amigo: Elefante.
Ela deu esse apelido a ele porque nunca tinha conhecido alguém com uma memória tão aguçada. Ele simplesmente não esquecia de nada. Datas, momentos, micos e mulheres nunca passaram por despercebidos na vida dele. Até coisas que aconteceram quando ainda tinha três meses de vida, ele sabia contar com detalhes. E ela se prendia a essa amizade justamente por causa dessa valorização rara que ele dava as pequenas coisas.
Jersi tentava encontrar esse valor em outras pessoas, mas ninguém conseguiu superar essa característica marcante de Elefante. O jeito como ele se importa com os pequenos detalhes de TUDO é, de fato, apaixonante.
Conseqüência dessa amizade tão sólida e verdadeira, ainda nos anos de 2070, Jersi se encanta, quando senta para prosear com o velho amigo, e relembrar o passado, rindo dele falando:
- Eu ainda lembro de algumas tardes que fui te visitar na casa de Dinha... tu deitada no sofá e eu te acordava chamando teu nome... tu de camisetinha básica e com um pijama de seda de Lão, a cara toda amassada, o cabelo todo desgrenhado e boca escorrendo baba!
E a velha Jersi ri e se pergunta:
- Mas como é que ele se lembra disso?

Continua...

3 comentários:

  1. O mais divertido é a 'velha' Jersi da imagem olhando pro Elefante com uma cara de: 'Qual o mistério desse velho?'

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  2. Nossa! Adorei seu texto.É incrível,e muito divertido. *-*

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