quarta-feira, 27 de junho de 2012

Eu fico! =x


Dá licença? Eu não quero viver tudo o que eu vivi com você, com outra pessoa. É você que me faz rir de besteiras, e, provavelmente, se outra pessoa me contar uma piada sua, eu vou mandar ela calar a boca! Não quero que ninguém mais deite do meu lado e me deseje boa noite, nem acorde comigo, sorrindo, me desejando um bom dia. Não quero me acostumar com o cheiro da pele de ninguém mais, é o teu cheiro que ficou marcado aqui nos meus apelos mais insanos. Espero que ninguém venha dividir comigo sonhos e planos para o futuro, porque, na boa, eu já tenho os sonhos que você me mandou guardar, e os nossos planos já estão quase encaminhados, eu só estou esperando uma coisa pra seguir em frente com eles: VOCÊ. Cozinhar? Não vou pra frente do fogão preparar alimento, se a fome que irei matar não for tua. E nem vem com essa de filhos. Meu sonho foi, e sempre será ser mãe, mas desde que a gente compartilhou dessa aventura, é com a tua cor, olhos e traços que eu quero ver os meus filhos crescendo. É em você e com você que eu deveria ainda estar. Quando você vai entender que desde que nos vivemos, me apaixonei e me perdi e perdida eu ainda estou? Rasguei o meu mapa desde lá... Quero ficar aqui, seguindo os meus instintos mais selvagens, mas tocando a minha vida. Parada aqui nessa janela, pra ouvir teus passos voltando e dizendo que sou eu.



quarta-feira, 6 de junho de 2012

Desabafos do diário da Anna ep. 4


Preciso escrever tudo o que aconteceu antes que eu apague e durma feita a bela adormecida. Tomei muito vinho, e talvez esqueça a seqüência real dos fatos. Mas vou tentar escrever minuciosamente o que eu vivi hoje com aquele Deus grego.
O broto chegou de moletom. Já começa acabando com a minha raça a partir daí. Quando eu abracei, senti que ele estava usando perfume cítrico. Quase tiro a minha roupa ali mesmo, mas não quis fazer a linha ‘quero te dar’. Então só fiz aquela cara de ‘u-au’, e entrei, mostrando os cômodos da casa, onde ele poderia se espalhar e ficar a vontade. Tirou as sandálias – de couro – e disse que a minha casa é uma graça, que se sente bem ali, pois tem uma energia muito boa. Enquanto ele falava, eu só conseguia pensar no perfume e nos pés, lindos, descalços.
Ele continuou conversando, mas eu de fato estava muito distraída, então interrompi, perguntando sobre as musicas e tal. Pediu uma taça de vinho, acendeu um cigarro, abriu a mochila e começou a tirar milhares de cd’s, espalhando tudo pelo sofá pra finalmente encontrar a playlist que ele tinha preparado para aquela noite. Entreguei a taça dele, e me apoiei no balcão que separa a cozinha da sala. Ele sentou em um dos bancos que ficam neste balcão, e ficamos conversando por horas sobre cinema, poesia, filosofia, família, grana, amigos, relacionamentos antigos, livros, voltamos aos poemas, e depois ele fez um gesto com a mão, como se eu estive com um pouco de vinho queixo. Tomou o meu rosto, delicadamente com seus dedos, aproximou os olhos dos meus, e olhou fixamente para os meus lábios. Eu larguei a taça no balcão, e o beijei.
Nos beijamos por longos minutos, mas parecia que o desejo só crescia de beijar, beijar e beijar ainda mais... Como se o beijo tivesse se encaixando perfeitamente naquela primeira vez, e desde então, não conseguíamos mais largar um ao outro, pois na nossa mente, não poderíamos perder aquela magia física e química que nos envolvia numa batida perfeita. Até a musica entrou na hora exata, no momento do melhor beijo da minha vida.
Acordamos do beijo ao mesmo tempo, e nos olhamos assustados, sem entender o que aquilo significava. Ele saboreava os lábios como se estivessem doces. E eu não sabia se olhava em seus olhos, ou sua boca. Ele não me abraçou, que bom. Pelo contrário... Me levantou com facilidade pela cintura, e me colocou em cima do bendito balcão. Olhou novamente em meus olhos, e voltou a me beijar desesperadamente. Mas desta vez, eu não fiz o mesmo, eu fiquei de olhos abertos, olhando aquela cena... E ele não percebeu. Estava envolvido demais naquele lance doido, único. Fechei os olhos, e acompanhei o seu beijo, mas diminuindo o ritmo, pra não ficar mais confusa do que já estava.
O cd acabou, e ainda ficamos uns minutos, parados. Admirando o encanto que estava se fazendo notoriamente naquela noite. O relógio já marcava dez horas e dezesseis minutos, e eu tendo que acordar cedo no dia seguinte, não pude dar continuidade nesta noite linda e mágica.
A hora de ir embora foi diferente. Não conseguíamos falar nada um para o outro, apenas nos olhamos sem entender, e ele disse: - Posso vir aqui amanhã? Respondi na lata: VENHA!
Agora vou dormir, e espero sonhar com a continuidade daquele beijo.

 

Não quero brincar mais não!


Não sei se é por causa do meu signo, não sei se é genético, não sei se um dia vou me curar desses meus defeitos insuportáveis... Fato é que eu tenho um certo sucesso para me dedicar intensamente às novas experiências da vida. E, geralmente, essas novas experiências são amorosas, e me fazem perder a cabeça em um lugar muito distante, de modo que eu não consigo acordar tão cedo do sonho, e acabo acreditando, de fato, que sou vivendo a ultima e eterna historia de amor da minha vida.
Parece engraçado. Até eu mesma dou risada da minha própria desgraça. Quando parece que eu estou entrando no barco certo da vida, vem o idiota do amor, e me puxa pro mar. Não é segredo para ninguém que me conhece, que o mar é o meu maior delírio. Sou completamente apaixonada por ele. Nele, eu me sinto vivendo todos os sentimentos lindos ao mesmo tempo: amor, paixão, realização, paz, eternidade... O mar é meu refúgio.
O amor, sabendo disto, me puxa sempre para lá. E é obvio, que quando estamos envolvidos simultaneamente aos melhores sentimentos e melhores sensações da vida, não queremos voltar à vida real. Pelo menos eu, no estado drogado pelo amor, não quero saber de outra coisa. Minha busca pela droga é diária. Sinto necessidade de estar todos os dias entorpecida por aquele que me roubou os sentidos. Em outras palavras: o amor atrapalha a minha vida real, é a pior droga que existe na minha vida.
Caindo nesta dura realidade, tenho e tento hoje fugir desse sentimento louco. Que sempre me vem em doses exageradas. Como se eu não tivesse outra coisa pra fazer da vida, apenas amar, amar e amar. Isso pode parecer um absurdo, e as pessoas podem achar que eu estou exagerando, ou que eu posso controlar essa minha fissura, mas não dá. Quando eu amo, o que poderia acontecer em três décadas, eu aconteço em um dia! Talvez, por isso, por ser tão diferente e intensa, ninguém, até hoje, conseguiu acompanhar o meu ritmo.
Não estou dizendo que não quero mais amar. Eu já estou segura dentro barco agora. E pelo menos, o amor não está me puxando. O problema é que eu não posso mais amar. Não tenho mais tempo pra isso. Pelo menos, não nos próximos dez anos. Preciso parar de amar o outro, para aprender a amar a mim mesma, a minha vida, e o meu destino. Preciso, com urgência, amadurecer e ser gente grande. Sem sentimentos. Sem raízes. Sem loucuras. Sem amor.
Parece dramático isso de viver sem amor, mas não é. Isso não é uma verdade absoluta, é apenas uma suplica ao universo, que ele não conspire mais a favor desse sentimento bagunceiro. Preciso agora sentir outros prazeres que a vida pode me oferecer. Posso contar com você, universo? 

terça-feira, 5 de junho de 2012

Desabafos do diário da Anna ep. 3


Advinha quem eu vi hoje, assim que saí pra molhar minhas amigas verdinhas? Sim- O bofe que me trouxe em casa ontem! Estava do lado de fora, com uma sacola de pão na mão, como se estivesse mesmo esperando eu aparecer só pra dar um tchauzinho e desejar bom dia. Tudo bem que eu ainda estava de pijama, e nenhuma mulher gosta de ser surpreendida pelo gato num momento despreparado como este, mas como meu dia poderá ser diferente de bom, depois de ver aquele sorriso lindo dado a mim de coração? Quase mato a samambaia afogada, coitada. Rs
Então entrei pra tomar meu banho, café, me arrumar e ir pro trabalho. Cheguei ao ponto de ônibus do meu jeito típico: procurando coisas na bolsa, casaco amarrado na cintura, cachecol no braço... Cabelo ainda desajeitado, porque me arrumo mesmo dentro do busão. Quando o ônibus chegou, eu subi, lógico, e enquanto passava na catraca, ouvi uma voz vinda do lado de fora, pedindo pro cara esperar - sobe o Deus grego, também desajeitado, livros e mais livros na mão, mochila aberta... Será mesmo o meu príncipe encantado?
Fingi que não tava vendo, claro. Não queria dar a entender que eu queria que ele sentasse no meu lado, mas procurei uma poltrona com duas vagas desesperadamente, e comecei a dar o acabamento no look trampo. Então ele me chamou de vizinha, e perguntou se poderia sentar ao meu lado, e eu, simpática que sou, falei confiante que sim, e que ele não precisa mais de formalidades para falar comigo, nem de pedidos antes de tomar uma atitude bacana, pisquei e ri no final também pra não ficar climão bronca.
Ele percebeu que eu, assim como ele, sempre saio de casa vestida pela metade, e termino de me emperiquitar no caminho. Rimos por horas com isso, compartilhando os casos mais engraçados que já vivemos por causa dessa nossa mania nos ônibus, viagens, e tudo enfim que tínhamos de historia sobre o tema “desajeitados por vida”.
Perguntei pra onde ele estava indo assim tão em cima da hora, ele disse que pra faculdade. Que legal, faculdade de que? PSICOLOGIA –MESTRADO. O bofe é psicólogo, querido. Assim depois da transa, posso contar meus problemas ali mesmo na cama... Um divã sexual, talvez. Rs... Tão cedo pra eu estar pensando em sexo, geralmente eu tento me convencer sobre o quão bom pode ser o beijo. Se bem que é impossível o beijo dele não responder a altura. Que bom que desta vez eu estou analisando todas as possibilidades antes de me envolver, porque eu sempre caio de olhos fechados amando cegamente para sempre...
O babado do dia é que ele se convidou a me mostrar um material que ele tem, de musicas atuais que não ouvimos em qualquer lugar. Papinho de musica pra cima de mim: me ganhou, broto! Aí eu disse que chego em casa mais ou menos às seis e meia, e que devo sair para correr um pouco, como de costume, chegando em casa sete e meia... Fazendo tudo que tenho pra fazer, ele pode chegar às nove. A criatura perguntou se poderia levar um vinho e um fumo, daí a Janis Joplin aqui respondeu: tenho os dois, se a prosa hoje for boa, você traz na segunda rodada...
Se prepare, querido diário, essa noite de segunda-feira promete. Amanhã te conto tudo!  

'Eu me acerto, eu tropeço e não passo do chão'


Abrir os olhos pela manhã é sempre voltar ao mundo real, é acordar do sonho, é ter algo pra fazer. Junto com a preguiça, os pensamentos também começam a se orientar e nos informar o que aconteceu na noite passada, o que deve ser feito aquele dia e uma serie de coisas que fazem parte na nossa rotina. Pois bem, hoje eu acordei exatamente querendo voltar pra cama e ao sonho que me fazia bem. Mas não deu, tive mesmo que LEVANTAR.
Ao pé da letra: subir, crescer, ser somente eu e para mim. Aquele gosto de saudade querendo tomar conta, pensamentos querendo voltar atrás, dedo no celular pra ver se algo mudou. Mas não, nada mudou além de quem eu sou de hoje em diante, ou tentarei sei. Preciso ser forte, mas do que fui em qualquer situação passada. Madura, nada de sentimentos ou prazeres que me façam regredir. Centrada, não devo mais olhar pra trás nem pros lodos, agora é foco. Não posso, sequer, me permitir uma peraltice boba, sabendo desse meu sucesso a falta de freio.
Eu me senti diferente hoje não só nas vontades, nos sonhos e etc. Me senti outra mesmo, sinto que não tenho mais os direitos que tinha, nem as regalias, assim também como posso tudo o que quero, que faça parte ou não atrapalhe o plano. O pior é que esse plano não era pra um, e agora terei que carregá-lo sozinha. Sei que darei conta, ou pelo menos vou tentar, embora ele seja um tanto pesado. Enfim, já disse que devo ser forte, e já estou sendo.
Confissões de hoje: difícil olhar no espelho, abrir a porta da rua, atender ao telefone, não se deixar levar pelos pensamentos... É como o primeiro dia de trabalho pra qualquer pessoa, eu fiquei e estou ainda um pouco perdida, mesmo estando em casa, fazendo tudo o que eu já fazia há muito tempo. Quando a gente muda o interno, o externo torna-se novo também. Posso falar? Está sendo um barato olhar para as coisas com uma nova percepção, com um Q de novas possibilidades.
Ah sim, agora TUDO é possível.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Trajetória


Não perca tempo assim contando história. Pra que forçar tanto a memória pra dizer que a triste hora do fiz se faz notória, e continuar a trajetória é retroceder. Não há no mundo lei que possa condenar alguém que a um outro alguém deixou de amar. Eu já me preparei, parei para pensar e vi que é bem melhor não perguntar. Por que é que tem que ser assim? Ninguém jamais pôde mudar. Recebe menos quem mais tem pra dar.
E agora queira dar licença que eu já vou. Deixa assim, por favor. Não ligue se acaso o meu pranto rolar, tudo bem? Me deseje só felicidade, vamos manter amizade. Mas não me queira só por pena... Nem me crie mais problemas.

Composição: Arlindo Cruz, Serginho Meriti, Franco.


domingo, 3 de junho de 2012

musica 2


Vá. Não fale mais. Leve o que é seu e só. Vá, que o sol já vem e com ele outro dia. Vá se descobrir. Vá crescer, entender e saber o que quer, quem você quer. Não me faça mais chorar como se eu fosse nada. Para o ego do meu bem, quantas você tem? Quantas você faz sofrer? Seduzindo o mundo, quantas ficam ao seu bel-prazer?
Cresça, me deixe em paz. Mesmo que eu sofra mais. Agora tudo é seu, amanhã serei bem mais feliz.

(Vanessa da Mata)

musica


Nosso sonho se perdeu no fio da vida... E eu vou embora sem mais feridas, sem despedidas. Eu quero ver o mar.
Se voltar desejos, ou se eles foram mesmo, lembre da nossa música. Se lembrar dos tempos, dos nossos momentos, lembre da nossa música.
Nossas juras de amor já desbotadas. Nossos beijos de outrora, foram guardados. Nosso mais belo plano, desperdiçado. Nossa graça e vontade, derretem na chuva.

(Vanessa da Mata)


coisas que perdemos no caminho...


Mas se você tivesse me deixado ficar, cara, eu te faria gente. Tem tanta coisa aqui fora que você ainda não conhece. E sei também que tem muitas coisas nesse seu mundo interno que não teve tempo de me mostrar. Mesmo eu sendo asfalto, grama, areia e mar, pelo amor que eu senti e talvez, infelizmente, ainda o sinta, gostaria sim de explorar essa sua caverna secreta. Queria que você tivesse me mostrado mais esses seres que habitam seu mundo. Aqui fora também é legal. Sentir o vento tocar o rosto faz curar doenças que você nem imagina. O sereno da noite, junto à luz do luar, traz sensações que nos fazem viver melhor, mais próximo de Deus, talvez. Tu não tens medado a oportunidade de contemplarmos juntos aquele por do sol que eu tanto te cobrei. A luz, a temperatura daquele lugar te faria uma pessoa mais feliz. Disse que tudo no universo tem um significado, e por mais que tenhas me levado no riso, saiba: tem mesmo. Deus usa de certos artifícios para nos mostrar respostas, nos curar, de modo mais simples, dores que carregamos ao longo de uma vida inteira. Mas você me pôs pra fora. Bateu bem com a porta no meu nariz. Machucou o meu rosto, não com dedos, mas com aquele olhar agressivo. Disse-me coisas que talvez me façam querer bater com a cabeça numa pedra e esquecer. Esquecer de tudo: do primeiro encontro, do amor que logo se formou, dos melhores beijos e sexo, das musicas: de você.

Dedo no gatilho.


Tenho agora vontade de fugir. Sabendo que minha missão não foi cumprida, como tantas outras missões na minha vida. Tendo a certeza que eu não tive tempo de fazer o meu melhor. É amargo o sabor da desilusão. É como se um sentimento tão raro e extinto no mundo que vivemos, o amor, estivesse sendo jogado fora num lixo qualquer, a sangue frio. Sem dó no olhar. Sem pensar. Sem olhar pra trás.


Morreu para quem? Para quem não o sente mais. Porque quando ele ainda se faz presente, mesmo que na saudade apenas, arde como brasa que queima nosso pé. Dói como a morte que nos leva um ente querido. Deixa a raiva de não ter falado coisas que se passaram na cabeça em tantos momentos de gloria. Talvez tenha morrido para o outro, e ele passe em frente às minhas coisas perdidas pela casa, e não sinta lembranças. Mas para mim, ainda arde, ainda dói, ainda traz raiva. Pois tudo agora está amargo, sem sabor, sem cores, sem esperanças. Quem sabe amanhã, eu possa olhar pro céu e ver que pra mim, esse nó que deu meu coração tenha se desfeito. Será uma sorte, ou uma virtude. Espero. Porque agora, o meu pensamento é outro...

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