quarta-feira, 6 de junho de 2012

Não quero brincar mais não!


Não sei se é por causa do meu signo, não sei se é genético, não sei se um dia vou me curar desses meus defeitos insuportáveis... Fato é que eu tenho um certo sucesso para me dedicar intensamente às novas experiências da vida. E, geralmente, essas novas experiências são amorosas, e me fazem perder a cabeça em um lugar muito distante, de modo que eu não consigo acordar tão cedo do sonho, e acabo acreditando, de fato, que sou vivendo a ultima e eterna historia de amor da minha vida.
Parece engraçado. Até eu mesma dou risada da minha própria desgraça. Quando parece que eu estou entrando no barco certo da vida, vem o idiota do amor, e me puxa pro mar. Não é segredo para ninguém que me conhece, que o mar é o meu maior delírio. Sou completamente apaixonada por ele. Nele, eu me sinto vivendo todos os sentimentos lindos ao mesmo tempo: amor, paixão, realização, paz, eternidade... O mar é meu refúgio.
O amor, sabendo disto, me puxa sempre para lá. E é obvio, que quando estamos envolvidos simultaneamente aos melhores sentimentos e melhores sensações da vida, não queremos voltar à vida real. Pelo menos eu, no estado drogado pelo amor, não quero saber de outra coisa. Minha busca pela droga é diária. Sinto necessidade de estar todos os dias entorpecida por aquele que me roubou os sentidos. Em outras palavras: o amor atrapalha a minha vida real, é a pior droga que existe na minha vida.
Caindo nesta dura realidade, tenho e tento hoje fugir desse sentimento louco. Que sempre me vem em doses exageradas. Como se eu não tivesse outra coisa pra fazer da vida, apenas amar, amar e amar. Isso pode parecer um absurdo, e as pessoas podem achar que eu estou exagerando, ou que eu posso controlar essa minha fissura, mas não dá. Quando eu amo, o que poderia acontecer em três décadas, eu aconteço em um dia! Talvez, por isso, por ser tão diferente e intensa, ninguém, até hoje, conseguiu acompanhar o meu ritmo.
Não estou dizendo que não quero mais amar. Eu já estou segura dentro barco agora. E pelo menos, o amor não está me puxando. O problema é que eu não posso mais amar. Não tenho mais tempo pra isso. Pelo menos, não nos próximos dez anos. Preciso parar de amar o outro, para aprender a amar a mim mesma, a minha vida, e o meu destino. Preciso, com urgência, amadurecer e ser gente grande. Sem sentimentos. Sem raízes. Sem loucuras. Sem amor.
Parece dramático isso de viver sem amor, mas não é. Isso não é uma verdade absoluta, é apenas uma suplica ao universo, que ele não conspire mais a favor desse sentimento bagunceiro. Preciso agora sentir outros prazeres que a vida pode me oferecer. Posso contar com você, universo? 

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