quinta-feira, 31 de maio de 2012

:)


"E então eu rezo por você.  Rezo todas as noites e peço para ver felicidade no seu rosto, na sua aura, no seu olho, em qualquer parte de você.  Rezo para que você viva novamente aquela felicidade que um dia vi no teu sorriso (onde foi parar o teu sorriso?), senti na sua respiração.  Dói perceber o teu brilho apagado.  Faz tempo que não vejo vida em você.  Não importa com quem ou onde você está, meu maior desejo hoje é te ver feliz.  Por favor: seja"

(Autor Desconhecido)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Clarice Lispector

Saudades


Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância (...)

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...


Desabafos do diário da Anna - Ep. 2


Não tenho mais paciência pra papo furado e repetitivo de homem babaca que encontro em qualquer lugar desse mundo. Por que eles insistem em dizer coisas bonitinhas, superficiais, olhares óbvios que mostram que querem nos comer e que vai dizer qualquer coisa que queremos ouvir pra nos levar pra cama uma ou duas vezes?
Conheci hoje um carinha ridículo na academia. Veio logo perguntando há quanto tempo malho naquela academia. Perguntei o por quê ele queria saber, até onde eu sei, isso não era da conta dele... Daí, ele deu aquele sorriso safado de canto de boca e disse que ele malhava ali há cinco meses, e jamais esqueceria se tivesse me visto por ali antes. Aí eu fiz aquele risinho sem graça, e falei que realmente, entrei hoje na academia, mas como não sou muito geração saúde, já estava imaginando voltar e dar de cara com aquele bando de mulher fruta e homens bombados que não possuem nenhuma idéia genial na cabeça... Ele perguntou se aquilo era uma indireta. Respondi na lata que eu sou muito objetiva, e não gosto de papinho furado quando quero conhecer ou dispensar alguém. Levantei e saí sem olhar para trás. Espero não ter ferido muito o ego dele. Mas esse mereceu!
Vindo pra casa, dei de cara com um alternativo. Já sei que você vai dizer “Anna, de novo um doidinho na sua vida?” e eu vou te responder: ESPERO QUE SIM!
Sério, ele tava ouvindo musica, e eu também... Daí ele ficou me olhando muito, mas não com aquele olhar ‘vou te comer’... Olhou de um jeito curioso, como quem quisesse pedir uma informação. E não deu outra. Me parou pra perguntar as horas, me deu boa noite e me perguntou o que eu estava ouvindo. Eu fiz uma de ‘boa moça preocupada’ e respondi exatamente o que ele queria saber. Acelerei o passo pra ver se ele queria ainda alguma coisa, ou se tava achando que eu era fácil. Ele gritou “eii, qual o seu nome? Estamos indo paro o mesmo lado, posso te acompanhar?”. Se eu tenho 24 anos, e nada na minha cabeça, o que é que eu respondo pra esse broto? Disse que não, que não gosto de andar com estranhos. Aí ele me surpreendeu com a resposta na ponta da língua: - eu não sou estranho, sou seu vizinho há duas semanas, e eu te vejo molhando as plantas todos os dias, e achei bonitinho você tomando chocolate quente na varanda de moletom, enquanto chovia. PARA TUDO. Onde é que eu estava com o pensamento que não vi esse bofe me observando? Fiquei completamente desconsertada, ri pra disfarçar e pedi desculpas por ser tão distraída. E aceitei a carona até em casa, claro.
Chegando aqui, ele roubou uma flor da calçada da vizinha, e me deu um beijo na mão. Morri e ressuscitei na hora, e convidei para um dia, talvez, entrar e tomar um chá.
Posso falar? Não vejo a hora. 





terça-feira, 29 de maio de 2012

Recadinho de geladeira das meninas...


*

Gato, eu acabei de passar o batom, então, se quiser me beijar... ou me dê um selinho que não tire nem um pouquinho, ou acabe com raça dele! (TODAS)


*

Quando eu acordo, a minha barriga fica linda, quase uma Gisele. Já quando eu vou dormir, ela está tão zangada comigo, que me deixa assim meio Adele... (G)


*

Academia é um saco. Nela, a gente acha de tudo. Quando eu estou com auto-estima lá em cima, e vejo que tem alguma mulherzinha olhando demais pro meu bumbum, mentalmente eu digo -Me benza, Senhor. Mas quando estou naqueles dias de guerra com o espelho, e uma delas me olham, logo clamo: –Senhor, que elas não vejam as minhas celulites! (Manu)

 

*

Nada como umas roupinhas novas no guarda-roupa, e um bom motivo para inaugurá-las! (Manu)


*

Aquele shortinho, com aquele saltinho básico, que super valoriza meu quadríceps... (Rai)

 

*

E então ele me atirou do maior abismo que encontrou pela frente, e me deixou em queda livre sozinha. Pois caí e me ralei por inteira. Dias e até meses de recuperação. Não posso me deixar abater para sempre. Um dia eu volto, escalando esse mesmo abismo. E talvez, nem ele me reconhecerá. (Mari)


*

E mais uma vez eu caí. Mais uma vez vou chorar no colo dela. E mais uma vez juro que não quero mais nada com o amor... e mais uma vez eu sei que vou me apaixonar e jurar que nunca amei tanto em vida! (Mari)

 

*

Talvez essa minha regressão à uma etapa mal vivida da minha vida, veio agora pra me fazer viver algo que eu nunca vivi... Talvez um sentimento. (Ma Ine)


*

Me belisca se eu cair no papinho barato da paixão outra vez. (Mari)


*

Aquela sensação de estar pagando coisas na fatura do cartão, que você nem lembra mais o que comprou... (Manu)


*

Saia rodada, amigos, boemia, samba e feijão: que segunda-feira vá parar no Afeganistão! (Ma Ine)


*

Quando meus olhos vêem algo, costumam mandar as informações para o idiota do coração. Minha cabeça está de férias há algum tempo. Preciso dar um jeito nisso e colocar essa porra pra funcionar direito. (Nessa)


*

Ta bom! Um bonitinho, com roupinha que a mamãe passou e barba feita pode até ser legal para algumas meninas. Mas não posso negar que eu curto um doidinho, com barba por fazer e moletom machucado com cheirinho de cobertor! (Rai)


*
















But right now I wish you were here...


Trocaria toda a eternidade de uma possível vida feliz, pra voltar aos nossos dias de gloria. Dias que não existiam nada além de nós dois e quatro paredes. Dias que ficávamos conversando, namorando, brigando, pirraçando, rindo, chorando (...). Dias que só bastavam nós dois. Momentos que ficaram marcados de modo tão anormal, que hoje as lembranças parecem me matar a cada minuto que passa. Só eu sei a agonia, a tortura que meu coração está fazendo comigo por eu ter me deixado levar pela intensidade daquele sentimento. E cada hora que passa, a dor parece tomar proporções gigantescas. Dor física e mental. Incapacidade de mover uma agulha do lugar. Falta de ar. Dor no estômago e falta de fome. Se o começo foi tudo tão verdadeiro e bonito, porque agora é essa desgraça?



Damn! damn! damn!
What I'd do to have you
Here, here, here
I wish you were here.






Sinto cheiro de...




Meu faro é foda. Desde que nos amamos tanto, se eu sentir o teu cheiro por aí, me desconserta o juízo. É como uma droga num lugar proibido: estraga tudo. Pois eu sigo o teu aroma feito uma caçadora, pronta pra te achar e te comer. Lamber os beiços e ainda querer mais!



 

Aquilo que dá e não passa.


Eu sinto mesmo a sua falta. Procuro a sua calmaria por aí, e não a encontro mais. Busco ver esse sorriso sincero em lábios de quem não o possui. Nossas conversas? Nem me fale. Aquela tua imensa capacidade de me ouvir e interagir com os meus devaneios, ou pelo menos, fingia muito bem. De deitar nas tuas pernas, enquanto tu mexias nos meus cabelos, e as lágrimas desciam num desabafo tolo, daquelas coisas chatas que me aconteciam ao longo do dia, ao longo da vida.
Cada gota do nosso tedioso domingo - Sim, eu também sinto falta. Tua mania de futebol, que antes me matava, hoje é pura nostalgia. Barulho ao descer as escadas, ao abrir e fechar gavetas e ao bater a porta... Porque ninguém é mais tão infernal assim?
Pode ser cafona a tal saudade de coisas mais comuns. Mas elas são tão intensas, quanto às mais ardentes vontades de voltar àqueles dias de chuva, em que você chegava completamente molhado no meu apartamento. De fundo, apenas o tom cinza do anoitecer, e aquela televisão que ficava ligada enquanto eu passava o teu café. E me jogavas contra a parede, me roubando beijos mordidos, mãos desconsertadas levantando o meu vestido e apertando minhas carnes... Molhava-me de chuva e prazer, e o café forte e quente vinha depois do cansaço.
Olhares perdidos, quando víamos que estávamos a sós nos ambientes mais inusitados. Posso jurar que o meu olho já se comunicou com o teu, sem que usássemos a nossa voz. Eles diziam para eu ir na frente, ou qualquer comando de fuga. Olhinhos dengosos, que queriam ser mimados sem fim. Olhar de ira, quando o ciúme cismava em quase te cegar. Olhar de fome, quando eu usava aquele pretinho básico. Olhar de fera, como aquele dia que chegamos bêbados daquela festa, e você me rasgou inteira antes de chegarmos ao quinto andar. Se as paredes daquele elevador falassem...
Sinto muito, muito a sua falta. Queria agora, por exemplo, te seqüestrar. Te levar pra um lugar longe da nossa  vida real. Um lugar de nós dois. Talvez, eu até já tenha passado por lá e pensado “queria te mostrar isso”. Aquela nossa velha mania de querer descobrir o mundo juntos. De sentir felicidade quando os nossos olhos olhavam ao mesmo tempo o que era mais belo no ambiente. O encanto que era nossos sorrisos, quando víamos a natureza e sua perfeição divina. Nossos risos frouxos, que significavam exatamente a mesma coisa.
“Já viu a lua?” quantas vezes já nos ligamos, tão somente para perguntar se o outro já havia olhado para o céu aquela noite? Várias vezes. E até hoje, eu olho pra cima na hora azul marinho, procuro Ela e Elas... Lembro do nosso céu de Santo Amaro, e me emociono, por pelo menos ainda isso conseguirmos fazer juntos: olhar a mesma coisa, no mesmo instante. Eu olho, e penso:
- Que você esteja feliz e sorrindo, ao ver que essa lua e essas três estrelas ainda brilham por nós dois.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Desabafos do diário da Anna – ep. 1



Hoje eu acordei um pouco mais cedo que o normal, tive um sonho estranho. Antes de abrir os olhos, procurei você ao meu lado, com o meu braço, e vi que já tinhas se levantado. Enfim despertei de vez, e percebi que ainda não estava na hora, mas como já estava sem sono, levantei. Fui até a cozinha beber água e preparar o nosso café, e encontrei em cima da mesa, o bilhete que você deixou antes de partir. Dizendo basicamente que o erro não estava em mim; que você é mesmo um louco de me deixar sozinha, e que provavelmente irá se arrepender muito de estar abrindo mão de uma mulher, como eu, pra viver uma aventura mundo a fora.
Respirei fundo como se o que estava acontecendo comigo, naquele instante, fosse uma pegadinha. Com o bilhete na mão, saí procurando você pela casa. As lágrimas começaram a querer saltar dos meus olhos, e o coração batendo a 200 por hora. Não tinha mais nada teu pela casa: nem roupa, sapato, cigarros, violão – Nada. Fez questão de ir embora enquanto eu adormecia, pois sabias que o meu sono é pesado, e nem uma bomba atômica me acordaria.
Sentei, ainda de camisola, na varanda. Olhei em volta, as plantas, gatos, cachorros, pássaros, flores e o pé de goiaba ainda estavam ao redor da casa. Só faltava você. De modo que ficou tudo vazio, sem sentido, sem vida, sem você. Respirei por cinco minutos aquele ar que me faltava. Pensamentos eram tantos, que não consigo saber o que se foi pensado naqueles instantes de desespero. Um dia, você mesmo me fez prometer que eu jamais iria te abandonar, independente de qualquer situação. Me fez olhar em seus olhos e jurar o meu amor e companhia até ficarmos velhinhos e partir desta pra melhor. Por que estou pensando nisso agora? Será que é verdade o que dizem, que no fim, sempre voltamos os pensamentos para o começo? Juro que quis voltar pra cama, dormir, acordar e perceber que tudo não estava passando de um sonho tolo. Mas não era.
Voltei a ler o bilhete. 

Ana, perdoe a minha falta de maturidade. Sair assim sem te explicar, sem te dar um abraço... Não acredite que estou fazendo isso tranquilamente. Na verdade, eu estou desesperado. Crise existencial. Nostalgia. Não sei. Jamais vou encontrar na vida uma mulher tão fantástica como você, e provavelmente, irei me arrepender assim que pegar estrada. Terei que ser forte. Há um mês venho pensado muito em mim. Mais em mim, do que na gente junto. E vi que estamos novos demais, eu com 25 e você com 24. Não devemos nos apegar tanto agora, já que o mundo é grande e há tanta coisa lá fora que ainda não conhecemos. Vamos viver. Vamos ser feliz. Eu te desejo muita sorte e felicidade. Você merece, linda. Te amo, nunca duvide disso. Um abraço. Jorge.

Aquelas palavras não desciam na minha garganta. Dava vontade de vomitar a cada ponto, em  cada verso escrito de qualquer jeito, naquele papel sem importância. Que história é essa agora de mulher fantástica? Premio de consolação? Ah! Faça-me o favor. Crise existencial? Eu sempre deixei muito claro que eu tenho bloqueios emocionais, traumas, crises de auto-estima... E você sempre me mandando relaxar, dizendo que isso é tudo uma questão psicológica, que não há motivos para crises... E agora você me vem com esse papinho de “ser ou não ser”? Sinceramente, não sei se choro com saudade de você, ou se saio gritando de raiva, por ter me deixado amar uma pessoa tão babaca e medíocre. Banho!
Eu realmente não consigo pensar em nada. Nem definir o que estou sentindo agora. Tem 43 minutos que descobri que o grande amor da minha vida era, na verdade, uma ilusão daquelas! Tenho que me arrumar pro trabalho, mas como vou dar aulas, com a cabeça cheia de minhocas? Preciso de um direito de resposta. Tenho que olhar em seus olhos e ouvir você dizendo que está em crise, pra eu poder dar um soco na sua cara e mandar você pra puta que o pariu, pois esse é o grande mundo que te cabe.
E o pior é que graças ao nosso relacionamento, não tenho mais meus fieis amigos. Eu seria muito cara de pau, se os procurasse agora, dizendo que estou sofrendo por causa do seu abandono. Abandono. Jamais vou digerir essa história. E como vou conseguir me relacionar novamente, com esse trauma de acordar e não estar mais do lado da pessoa com quem dormi? Sono pesado - será difícil adormecer.
Tive uma idéia, vou escrever um email, falando tudo o que penso sobre essa sua fuga ridícula, pra daí então, eu voltar a minha rotina normal.

Caro Jorge; de fato foi uma cagada essa sua idéia de me abandonar sem sequer conversar comigo sobre os motivos e a verdade. Não me sinto nova aos 24 anos, já você, com seus 25, não bastou ter essa quantidade de anos em vida, pois está agindo como um adolescente de 15. Pois bem, não quero comentar mais sobre suas desculpas esfarrapadas. Só quero deixar algumas coisas bem claras por aqui. Seguinte, você não vai mesmo encontrar uma mulher como eu. Inteligência, educação, maturidade e beleza, num só corpo, são raros de se encontrar. Limpe a sua boca e a sua mente para falar do amor. Você não me ama, pois é incapaz de amar a si mesmo. Não há como sentir o amor por alguém, se ele não existe em você. Guarde suas palavras de bons votos para qualquer outra perna magra que aparecer em sua vida. Não pense você que eu não reparei o quanto estava estranho nesses últimos dias, e se fosse qualquer outra mulher, te enxeria de perguntas sufocantes até te forçar falar o que você estava pensando ou sentindo. Não quis ser inconveniente. Mande pelo correio a minha coleção de Rita Lee e Elis Regina, minha camisa dos rolling Stones e minha cueca rosa da Calvin Klein. Não desejo que você seja feliz, sorry. Espero apenas que você aproveite esse mundo grande lá fora, para viver e aprender bastante com as burradas que faz. Saiba que eu não estou bem, mas também não sinto a mínima falta de você. O fato de ter sido enganada é que está me matando. Passar bem. Anna! Com dois N’s.
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Uffffff... Agora: compras, bebidas, cigarros e musicas da Alcione, por favor!