quarta-feira, 30 de maio de 2012

Desabafos do diário da Anna - Ep. 2


Não tenho mais paciência pra papo furado e repetitivo de homem babaca que encontro em qualquer lugar desse mundo. Por que eles insistem em dizer coisas bonitinhas, superficiais, olhares óbvios que mostram que querem nos comer e que vai dizer qualquer coisa que queremos ouvir pra nos levar pra cama uma ou duas vezes?
Conheci hoje um carinha ridículo na academia. Veio logo perguntando há quanto tempo malho naquela academia. Perguntei o por quê ele queria saber, até onde eu sei, isso não era da conta dele... Daí, ele deu aquele sorriso safado de canto de boca e disse que ele malhava ali há cinco meses, e jamais esqueceria se tivesse me visto por ali antes. Aí eu fiz aquele risinho sem graça, e falei que realmente, entrei hoje na academia, mas como não sou muito geração saúde, já estava imaginando voltar e dar de cara com aquele bando de mulher fruta e homens bombados que não possuem nenhuma idéia genial na cabeça... Ele perguntou se aquilo era uma indireta. Respondi na lata que eu sou muito objetiva, e não gosto de papinho furado quando quero conhecer ou dispensar alguém. Levantei e saí sem olhar para trás. Espero não ter ferido muito o ego dele. Mas esse mereceu!
Vindo pra casa, dei de cara com um alternativo. Já sei que você vai dizer “Anna, de novo um doidinho na sua vida?” e eu vou te responder: ESPERO QUE SIM!
Sério, ele tava ouvindo musica, e eu também... Daí ele ficou me olhando muito, mas não com aquele olhar ‘vou te comer’... Olhou de um jeito curioso, como quem quisesse pedir uma informação. E não deu outra. Me parou pra perguntar as horas, me deu boa noite e me perguntou o que eu estava ouvindo. Eu fiz uma de ‘boa moça preocupada’ e respondi exatamente o que ele queria saber. Acelerei o passo pra ver se ele queria ainda alguma coisa, ou se tava achando que eu era fácil. Ele gritou “eii, qual o seu nome? Estamos indo paro o mesmo lado, posso te acompanhar?”. Se eu tenho 24 anos, e nada na minha cabeça, o que é que eu respondo pra esse broto? Disse que não, que não gosto de andar com estranhos. Aí ele me surpreendeu com a resposta na ponta da língua: - eu não sou estranho, sou seu vizinho há duas semanas, e eu te vejo molhando as plantas todos os dias, e achei bonitinho você tomando chocolate quente na varanda de moletom, enquanto chovia. PARA TUDO. Onde é que eu estava com o pensamento que não vi esse bofe me observando? Fiquei completamente desconsertada, ri pra disfarçar e pedi desculpas por ser tão distraída. E aceitei a carona até em casa, claro.
Chegando aqui, ele roubou uma flor da calçada da vizinha, e me deu um beijo na mão. Morri e ressuscitei na hora, e convidei para um dia, talvez, entrar e tomar um chá.
Posso falar? Não vejo a hora. 





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