Abrir os olhos pela manhã é sempre voltar ao mundo real, é
acordar do sonho, é ter algo pra fazer. Junto com a preguiça, os pensamentos
também começam a se orientar e nos informar o que aconteceu na noite passada, o
que deve ser feito aquele dia e uma serie de coisas que fazem parte na nossa
rotina. Pois bem, hoje eu acordei exatamente querendo voltar pra cama e ao
sonho que me fazia bem. Mas não deu, tive mesmo que LEVANTAR.
Ao pé da letra: subir, crescer, ser somente eu e para mim. Aquele
gosto de saudade querendo tomar conta, pensamentos querendo voltar atrás, dedo
no celular pra ver se algo mudou. Mas não, nada mudou além de quem eu sou de
hoje em diante, ou tentarei sei. Preciso ser forte, mas do que fui em qualquer
situação passada. Madura, nada de sentimentos ou prazeres que me façam
regredir. Centrada, não devo mais olhar pra trás nem pros lodos, agora é foco. Não
posso, sequer, me permitir uma peraltice boba, sabendo desse meu sucesso a falta
de freio.
Eu me senti diferente hoje não só nas vontades, nos sonhos e
etc. Me senti outra mesmo, sinto que não tenho mais os direitos que tinha, nem
as regalias, assim também como posso tudo o que quero, que faça parte ou não
atrapalhe o plano. O pior é que esse plano não era pra um, e agora terei que
carregá-lo sozinha. Sei que darei conta, ou pelo menos vou tentar, embora ele
seja um tanto pesado. Enfim, já disse que devo ser forte, e já estou sendo.
Confissões de hoje: difícil olhar no espelho, abrir a porta
da rua, atender ao telefone, não se deixar levar pelos pensamentos... É como o
primeiro dia de trabalho pra qualquer pessoa, eu fiquei e estou ainda um pouco
perdida, mesmo estando em casa, fazendo tudo o que eu já fazia há muito tempo. Quando
a gente muda o interno, o externo torna-se novo também. Posso falar? Está sendo
um barato olhar para as coisas com uma nova percepção, com um Q de novas
possibilidades.
Ah sim, agora TUDO é possível.
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