segunda-feira, 11 de outubro de 2010

12/10

Nostalgia.
Esse espírito de dia das crianças desperta em mim uma imensa saudade da minha infância. Como era doce (literalmente) a minha infância. Lembro das tardes de sábado, ela chegando na minha casa, cheia de imaginação e ternura. As brincadeiras bobas e infinitamente engraçadas, as resenhas, os sorrisos... ah, as crises de riso quando não se podia rir... como éramos malandras.
E no topo da ladeira, estava ela – a rainha, a bondosa, a eterna – MINHA VÓ! Com os bolsos cheios de doces, com o coração cheio de amores, com a mente cheia de fé... Ela era um vulcão de bondade. Aquele riso frouxo, que trazia felicidade aos mais desesperados. Todos sabiam o quanto ela era/é única. E a ausência dela só confirma que não haverá mais ninguém que supere a grandeza daquele coração!
Nas quartas, ele voltava. Cheio de esperança e farinha (risos). Meu pai não era um pai comum, ele era/é muito legal. ‘’-benção meu pai. Trouxe alguma coisa para mim??’’ eu perguntava toda cheia de interesses inocentes. E não é que ele sempre tinha algo simbólico na bagagem que supria minhas vontades? Ele é maximo, e eu ainda vou provar isso.
Ela era extremamente religiosa, e talvez isso me amedrontava (risos). Minha mãe era/é linda. Falava somente o necessário, e eu sabia exatamente como fazê-la rir. Me lembro dos gritos da janela ‘’-ow jéééééééééééssicaa...’’, era impossível não ouvir, até quem estava numa outra cidade, ouviria. E eu sempre pelas portas, como dizia ela (risos), mas sempre voltava suja e com o rabo entre as penas. Era uma comédia.
Meus tios eram como heróis. Eles tinham o dever de cuidar de mim quando meus pais se faziam ausentes. Era extremamente divertido passar minhas tardes com eles- risos, quedas, filmes, lanches diferentes...- mas quando o relógio marcava seis horas, meu relógio psicológico sentia uma imensa saudade, um sentimento inexplicável de abandono, e eu implorava ‘’-eu quero a minha mããããããããee’’, e não importava se ela estava no Japão, alguém tinha que me levar até ela. Tadinhos (risos).
E assim eu cresci. A queridinha dos tios, a princesinha da rua (segundo o finado Nau Fera), e a ovelha negra da família, mas isso eu conto num outro momento. Por enquanto, é só nostalgia.

2 comentários:

  1. eu tb tenho saudade da minha infância... é bom lembrar de cores, sabores e sensações q só vivenciamos naquela época. já dizia a filósofa xuxa meneguel "é bom ser muleque enquanto puder", esse tempo passou, mas parafraseando milton nascimento "há um menino, há um muleque morando sempre no meu coração, toda vez q o adulto balança, ele vem pra me dar a mão". parabéns pelo blog. bjo.

    ResponderExcluir
  2. Aain que orgulho da minha prima! *-*
    Como o tempo passa rápido e como a gente cresceu hein? Me emocionei muuito com esse post! Me incluo nas tardes de sabado (as vezes até nas de sexta), e compartilho aqui a minha felicidade na sexta já pela manhã, porque sabia que era dia de "ir pra casa de Gê". E a tarde de sexta se estendia pelo dia de sabado, q se prolongava até o domingo a noite, e infelizmente chegava a hora de se despedir.. =/
    Lembo da emoção das quartas quando ele chegava, dela nos acordando pra missa de domingo, e da carreira q davamos pra trocar a blusa de alça qd ela apontava na janela! rs
    Ótimos tempos, que nuuunca serão esquecidos! Saudade gostosa de sentir..e a certeza de que "eramos felizes e sabíamos!"
    Amoo vc! Parabéns pelo blog!
    =**

    ResponderExcluir