domingo, 13 de fevereiro de 2011

Diário de Branca 03/01/11

Vivi mesmo um conto de fadas, e sei que jamais viverei de um jeito tão lindo e suave. Mas, como meu caminho é mesmo torto e meus instintos são um tanto quanto selvagens, resolvi não mais seguir em frente em linha reta, rumo à perfeição. Então entrei num labirinto repleto de novas possibilidades e sensações.

É estranho mudar radicalmente. Muitos momentos de abstinência e lágrimas, que são acompanhados por discos antigos e um bom vinho barato. Nesses momentos noturnos, pensamos em tudo que nos aconteceu até então, e buscamos justificativas de tamanha solidão que, por ironia do destino, foi escolha totalmente nossa. Mentira. Nós escolhemos, sim, um caminho, mas nem sempre por vontade de excelência, e sim, pelos fatos vividos e pela realidade que o antigo nos mostrou. Isso nos livra um pouco da culpa de abrir mão de algumas coisas, para seguir em frente...

É difícil convencer as pessoas que precisamos mesmo sofrer um pouco sozinhos. Viver nosso luto. Aproveitar cada segundo da fossa. Eles não entendem que esse é o sentido do ‘dar valor à felicidade’. Se não soubermos o que é sofrer, como vamos valorizar os momentos mais felizes da nossa vida? O gosto da dor, juntamente com o sentido de que tudo na vida passa, e nada é tão ruim quanto parece, tranqüiliza um pouco. Então, se estou pra baixo - o que é raro - e quero me afastar para que ninguém viva comigo uma fase que é só minha (e não por egoísmo, mas por sensatez) é porque tenho necessidade de traduzir sozinha meus sentimentos, e encontrar então, a estabilidade emocional que tanto preciso para festejar em comunhão as coisas boas da vida.
Viva a fossa!


-O Silêncio das Estrelas-

Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal
E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro afinal?
Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais, de mais...
Afinal, como estrelas que brilham em paz, em paz...
Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal
Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais...

(Letra: Lenine e Dudu Falcão)

2 comentários:

  1. Amo seus textos,assim como amei esse.
    Só que sinceramente não gosto de seus momentos tristes, não consigo imaginar uma pessoa MARAVILHOSA como você pra baixo.Aprendendo aos poucos seu Jeito lindo de ser, só que quero ficar sempre com você,momentos alegres e tristes não importa, só que como se sente melhor sózinha nesses momentos ,tenho que respeitar. TE AMO e me grita sempre que precisar =**

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  2. Orgulho²!
    Post bem escrito, sincero, verdadeiro e facinante!
    Adoroo isso! É muito bom sentir de verdade a pessoa qd se ler o que ela escreveu!

    Já disse que te amo? rs
    =**

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